sábado, 28 de abril de 2012

Aníbal Diniz defende novo marco regulatório para mineração e destaca potencial de petróleo no Acre


Em pronunciamento no Senado nesta sexta-feira, 27, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) defendeu que o governo federal retome o investimento e o planejamento para garantir a autossuficiência do Brasil em metais, defina uma estratégia para a exportação de produtos com alto valor agregado e envie ao Congresso o novo marco regulatório para o setor de mineração.
As terras raras, ou metais de terras raras, são 17 elementos químicos similares e largamente utilizados para a produção de equipamentos eletrônicos modernos e já populares, entre eles telas de tablets, computadores e celulares. São usados ainda em superímãs, em painéis solares e também no processo de produção da gasolina.
“Esses minerais vão crescer em importância nas próximas décadas exatamente por sua aplicação em produtos de alta tecnologia. São estratégicos para o desenvolvimento de hoje e do futuro do país”, defendeu Aníbal Diniz.
Em 1970, afirmou, o consumo mundial foi de 20 mil toneladas de concentrado de terras raras, número que chega hoje a 150 mil toneladas, num mercado crescente.
Atualmente, a produção de elementos e compostos de terras raras é dominada pela China, responsável por 97,3% da produção e dona de mais de um terço das reservas conhecidas. O valor do mercado mundial dos óxidos de terras raras é da ordem de US$ 5 bilhões anuais.
No entanto, a China estabeleceu cotas para exportação dos minerais, o que provocou uma disparada nos preços e sérias preocupações.
A Petrobras importa da China a matéria-prima utilizada no processo de refino de petróleo. Para refinar o petróleo, a estatal brasileira depende de catalizadores produzidos a partir de óxido de lantânio, um dos 17 compostos que compõem o grupo das terras raras.
O senador alertou que, com a criação das cotas de exportação pela China, o preço do óxido de latânio passou de US$ 5,7 mil a tonelada, em agosto de 2010, para mais de US$ 50 mil a tonelada.
Entretanto, disse, estimativas apontam que o Brasil pode possuir uma grande reservas de terras raras. “Diante disso, é preciso repensar com urgência uma nova política de exploração e trabalhar programas específicos para desenvolver cadeias produtivas de alto valor agregado. Devemos exportar produtos com tecnologia, não apenas vender matéria-prima”, afirmou o senador Aníbal.
Algumas estratégias passariam pelo estímulo à retomada da produção de terras raras no Brasil por meio de parcerias público-privadas, e pelo estabelecimento de acordos bilaterais comerciais e científico-tecnológicos com países detentores de know-how para a fabricação de produtos nacionais de alta tecnologia.
Petróleo e marco regulatório– Em plenário, Aníbal Diniz informou ainda que até o final deste semestre devem ser enviados ao Congresso Nacional os projetos de lei que criam o novo Marco Regulatório da Mineração; a Agência Nacional de Mineração e o projeto que trata das alíquotas dos royalties sobre produtos minerais.
“Essa discussão é crucial no momento em que o país vive, inclusive, a possibilidade de novas descobertas de petróleo e gás natural em território nacional”, disse.
Ele se referia aos estudos para a potencial existência de jazidas de petróleo e gás natural na região do Vale do Juruá, no Acre.
“Vale ressaltar que já foram realizados estudos para detectar as especificidades topográficas, o relevo, a população e a vegetação dessas áreas e também o estudo das propriedades químicas do solo. Agora iniciamos a terceira etapa, que são os estudos sísmicos, para obter informações sobre as camadas geológicas que vão identificar a localização e as quantidades das jazidas de gás e petróleo na região”, afirmou.
Aos senadores, Aníbal Diniz destacou ainda a atuação do governador, Tião Viana, que defendia, ainda como senador, a necessidade de estudos aprofundados para identificar o potencial para jazidas de petróleo no Estado.
“Destaco todo esse esforço que já resulta, num primeiro momento, na geração de emprego e no aumento da renda per capita e da arrecadação de vários municípios acreanos. E, caso sejam encontradas possibilidades para petróleo e gás, haverá um forte ganho socioeconômico para o Estado do Acre”, afirmou.
Da Assessoria

sexta-feira, 27 de abril de 2012

No dia nacional de paralisação, servidores do DNPM denunciam sucateamento do órgão



No Departamento Nacional de Produção Mineral, a paralisação de 25 de abril aconteceu no período inteiro da tarde. Os servidores cruzaram os braços, não para ir para suas casas e, sim, para discutir os problemas do órgão e elaborar um documento listando estes.
A falta de estrutura, tão presente no serviço público, foi o assunto da vez. Os presentes afirmaram que falta até papel higiênico no DNPM. Além disso, faltam copos descartáveis, materiais de limpeza, lâmpadas, enfim, não há manutenção do prédio e condições dignas de trabalho.
O diretor do Sindsef-SP, Carlos Daniel falou sobre a campanha salarial 2012 e a respeito do GEAP. Este último assunto se estendeu .
O diretor disse que, caso os servidores concordem, o sindicato vai pedir para o DNPM não assinar o documento referente ao aumento do plano. Com o aumento, o plano de saúde público se iguala ao privado. Os servidores mais novos pagam menos, enquanto os mais velhos pagam mais. A servidora Lívia Barbosa, paga o Geap Saúde para ela, o marido, dois filhos e sua mãe, teve o valor quase dobrado de mais ou menos R$640,00 (seiscentos e quarenta) para R$1100,00 (mil e cem).
Por fim, houve o informe das paralisações em São Paulo: SPU, MTE, INCRA, IPEN e IBAMA. No MTE, INCRA e IPEN o protesto, iniciado pela manhã, estendeu-se até o final do expediente. À tarde, pararam SPU e o DNPM.  No IBAMA, os servidores se reuniram em frente à faixa do dia nacional de paralisação.
Estão marcadas assembléias no DNPM, para o dia 03 de maio, às 14h; e no IBAMA,  para o dia seguinte, às 10h.

http://www.sindsef-sp.org.br/portal/node/11590

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Executivo enviará projeto ampliando o regime diferenciado de contratação

Segundo a ministra do Planejamento, o regime que flexibiliza as licitações passaria a valer também para as obras do PAC.
A ministra da do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou há pouco que o governo vai enviar em breve ao Congresso um projeto de lei ou uma medida provisória visando a ampliar o regime diferenciado de contratação (RDC) para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O regime flexibiliza as regras de licitações de obras públicas.

Aprovado no ano passado pelo Congresso, o RDC vale apenas para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Na opinião da ministra, o RDC já teve bons resultados em licitações da Infraero,  reduzindo o prazo médio da licitação de 250 para 80 dias e alcançando um desconto de 15% para o governo. "Eu acredito que as grandes obras, na verdade todas as obras do PAC que ainda não foram licitadas, poderiam usufruir da maior celeridade e do mecanismo de proposta comercial em envelope fechado, e depois da fase de lances que leva à redução dos custos"
Mineração
Miriam Belchior disse ainda que será enviado ao Congresso neste semestre um novo marco regulatório para o setor de mineração. Segundo ela, as novas regras vão simplificar a autorização de lavras.
Em resposta ao deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), que cobrou a contratação de 143 aprovados em concurso para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a ministra disse que o novo marco poderá criar uma agência de regulação específica; portanto, segundo ela, não seria razoável contratar pessoas para o órgão antigo agora.
Ela participou de audiência pública, encerrada há pouco, na Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público.

Engenheiro mineiro é novo presidente do Ibram


DA REDAÇÃO - O vice-governador Alberto Pinto Coelho participou, na noite dessa terça-feira (24), em Brasília, do ato de apresentação do novo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura. Natural de Dom Silvério e formado na Escola de Minas de Ouro Preto, parte de seus familiares residem em Ipatinga.
A indicação do engenheiro mineiro para o cargo ocorreu em 20 de março em reunião do Conselho Diretor do instituto. O novo diretor-presidente tem formação complementar em programas de Planejamento Estratégico, Gestão Industrial, Tecnologia e Especialização em Economia Mineral. Ele exerceu o cargo de Secretário de Estado Adjunto de Minas e Energia de Minas Gerais e tem vasta experiência profissional em Minas Gerais e no Pará. Atualmente, exerce ainda a vice-presidência da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG e a presidência do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais – Sindiextra.

Em seu pronunciamento, Alberto Pinto Coelho salientou que a mineração transcende o antigo estereótipo de ser uma indústria meramente extrativista, primária. “Já é tempo de transcender uma visão colonizada que herdamos da pequena história, cheia de preconceitos nacionalistas. É hora de ingressarmos na grande história, na qual a mineração se faz presente como mola propulsora do desenvolvimento nacional. A atividade mineral sustenta o saldo da balança comercial brasileira, respondendo por 30% de suas transações e participando com 5% da formação do Produto Interno Bruto – o nosso PIB”, observou.

De acordo com projeções do Ibram, nos próximos cinco anos o setor mineral receberá investimentos de US$ 68,5 bilhões. José Fernando Coura destacou que o Ibram será protagonista no que diz respeito ao novo marco regulatório mineral brasileiro. “Seremos protagonistas na criação da Agência Nacional de Mineração, com dotação orçamentária própria, presente em todo o território nacional, e com autonomia administrativa. Estamos dispostos a sentar à mesa, dialogar e buscar soluções que posso atender aos municípios, a União, os Estados e a indústria mineral”, afirmou o presidente do Ibram.

Participaram da solenidade os secretários de Estado de Governo, Danilo de Castro, e de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Código de Mineração deve ser enviado ao Congresso neste mês

BRASÍLIA, 3 Abr (Reuters) - O Código de Mineração deve ser enviado ao Congresso Nacional em abril, afirmou o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) nesta terça-feira.
Segundo o deputado, o próprio ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, teria sinalizado que o envio do conjunto de leis para regular a mineração deverá ocorrer ainda neste mês.
Uma fonte já havia antecipado à Reuters recentemente que o código deve chegar ao Congresso até o final de abril.
"O Código de Mineração vai chegar na Câmara neste mês, no mais tardar em maio", disse a jornalistas após participar de cerimônia de assinatura de protocolo de sustentabilidade do carvão vegetal.
"O setor está parado por essa indefinição do governo e isso está gerando prejuízo para o país", disse o deputado.
LONGA ESPERA
Há pelo menos quatro anos o governo elabora o novo marco do setor, que substituirá o defasado código da década de 60. O ponto mais polêmico, que divide o governo e tem causado reação das mineradoras, trata do aumento de alíquotas de royalties sobre as atividades de extração mineral, num processo similar ao de vários países produtores.
Por meio de um dos projetos que serão enviados ao Congresso, o governo pretende mudar a política de cobrança de royalties da mineração, com a criação de alíquotas flexíveis que poderão variar para até 6 por cento dependendo dos preços dos minerais.
Outro projeto de lei deverá criar a agência reguladora do setor de mineração e tem apoio das empresas.
E um terceiro projeto, também apoiado pelo setor, estabelece uma política para o setor de mineração, com a criação de prazos exploratórios, o estabelecimento de leilões de áreas, exigência de conteúdo local e punições pela falta de pagamento integral de royalties.
(Por Maria Carolina Marcello; Reportagem adicional de Sabrina Lorenzi)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Romero Jucá pede apresentação urgente de proposta para novo Código de Mineração

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) pediu, nesta segunda-feira (02), que o governo apresente, com urgência, o projeto de um novo Código de Mineração. Ele ressaltou que a legislação deve ser pensada levando-se em consideração a responsabilidade com o meio ambiente, mas também o desenvolvimento do país. O atual Código de Mineração foi instituído pelo Decreto-Lei 227/1967.

– É fundamental que as riquezas extraídas do minério possam ter sua ação modernizada, possam ter a condição de remunerar melhor a União, os estados, os municípios e que também possa ser redimensionada a utilização do minério, no sentido de não ter reservas estratégicas que ficam anos sem exploração, devido a interesses de setores de congelar a exploração mineral em determinadas áreas – explicou o senador.

Romero Jucá afirmou que vai convidar o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e os diretores-gerais da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), para debater o tema nas comissões de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE).

Em aparte, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) destacou que, além do foco na extração e no desenvolvimento sustentável, é necessária uma reestruturação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que precisaria ser fortalecido com recursos humanos e materiais.


Fonte: http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=176213&codDep=15