terça-feira, 28 de abril de 2015

Impactos do novo Código de Mineração serão discutidos em audiência na quarta

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados vai discutir em audiência pública nesta quarta-feira (29), às 10h30, os impactos ambientais, financeiros e sociais do novo Código de Mineração (Projeto de Lei 5807/13) e a crise do setor de mineração.
Uma comissão especial está analisando a proposta, e a expectativa do relator, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), é votá-la até o final de maio.
Foram convidados para o debate, sugerido pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA):
- um representante do Ministério de Minas e Energia;
- a secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Maria Amelia Rodrigues da Silva Enriquez;
- o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura;
- o diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Sérgio Augusto Dâmaso; e
- o procurador da República e Coordenador do Grupo de Trabalho de Mineração do Ministério Público Federal, Darlan Airton Dias.
A audiência está marcada para o plenário 14.
Da Redação – MR


Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ECONOMIA/486638-IMPACTOS-DO-NOVO-CODIGO-DE-MINERACAO-SERAO-DISCUTIDOS-EM-AUDIENCIA-NA-QUARTA.html

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Braga espera que Código de Mineração seja votado na Câmara até junho

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, que trabalha para que o Código de Mineração possa ser pautado pelo presidente da Câmara no plenário no fim de maio.
Segundo ele, a expectativa é de que o projeto possa ser votado na Casa até o começo de junho para depois ser levado ao Senado.

Em atividade com a bancada do PMDB desde às 8h e depois presente na reunião da Comissão desde às 10h, Braga disse não ter tido tempo de se informar sobre a Operação Choque da Polícia Federal, que prendeu hoje ex-diretor da Eletronorte Winter Andrade Coelho e realizou busca e apreensões na sede da empresa. O ministro disse que falará sobre a questão em um outro momento, após tomar conhecimento dos fatos.
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/04/15/internas_economia,637984/braga-espera-que-codigo-de-mineracao-seja-votado-na-camara-ate-junho.shtml

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Eduardo Braga fala em expandir energia via mais usinas nucleares

 Agência Estado

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, que o governo está empenhado em retomar o plano de construção de quatro usinas nucleares no País. Hoje o Brasil possui apenas duas em operação, Angra 1 e 2, além de Angra 3, que está em construção e deve ser concluída até 2018.

O plano de expansão de energia por fonte nuclear passou os últimos anos na gaveta, por conta dos desdobramentos do acidente de Fukushima, no Japão, em 2011. Agora o governo promete retomar o plano.

Em audiência pública no Senado, Braga disse que a geração de energia pela usina nuclear é a mais barata do País. "Não podemos abrir mão da fonte nuclear", comentou, destacando que, no plano do setor até 2030, está prevista a construção de mais quatro nucleares.

"Vamos criar um novo modelo para criação dessas quatro usinas. Temos discutido e debatido. Temos de dar uns passos importantes, ousados e corajosos nessa direção", comentou Braga. O ministro destacou que 21 locais no País já foram estudados e que as análises estão sendo aprofundadas.


Petróleo e gás

O ministro também informou que a 13ª rodada de leilão de exploração de petróleo e gás deve ser realizada somente no último trimestre de 2015. Até então, a previsão do governo era de que fosse realizado em algum momento do segundo semestre deste ano. Está prevista a licitação de áreas em terra e no mar, na camada pós-sal.

"Estamos discutindo com a presidente Dilma Rousseff as áreas que entrarão no certame e os blocos a serem licitados devem ser apresentados ao mercado ainda em abril", disse.


Mineração

Eduardo Braga voltou a defender a aprovação pelo Congresso Nacional do marco da mineração, que inclui a criação de uma agência reguladora para o setor, apresentando, na audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta quarta-feira, 8, dados sobre a importância de diversos minérios para a pauta de exportações brasileiras.

Além da exploração de ferro e nióbio, metais nos quais o Brasil já tem destaque no mercado mundial, Braga citou a necessidade de maiores investimentos na mineração de lítio e terras raras, cuja demanda internacional deve crescer nos próximos anos. Ele ainda pontuou a importância da atividade mineradora na obtenção de insumos para outros setores da economia, como a agricultura e a construção civil.

"A mineração é um setor estratégico que exige mais debate e atenção política no País. Depois de um início de governo muito voltado para a solução de problemas do setor elétrico, vamos aumentar o peso e a responsabilidade para a área de mineração no ministério", afirmou.


Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2015/04/08/internas_economia,635528/eduardo-braga-fala-em-expandir-energia-via-mais-usinas-nucleares.shtml

Eduardo Braga diz que governo pretende reduzir dependência de hidrelétricas


A política de diversificação da matriz energética, visando à redução da dependência das usinas hidrelétricas, é uma das prioridades do Ministério de Minas e Energia. Em audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) nesta terça-feira (8), o ministro Eduardo Braga expôs um panorama das atividades da pasta, apresentando um redesenho das fontes de energia.
A ampliação da oferta de energia solar, a conclusão da usina termonuclear de Angra 3 e leilões de fontes alternativas como eólica e biomassa (bagaço de cana) estão entre as iniciativas que poderão garantir maior segurança energética ao país, conforme o ministro.
Durante a audiência pública, que durou cinco horas, ele apresentou um projeto-piloto de produção de energia solar a partir de equipamentos flutuadores na área dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o que poderá garantir o aumento da participação de energia renovável na matriz energética.
Os testes serão iniciados em 120 dias em Balbina (AM) e Sobradinho (BA), onde serão instaladas boias com placas solares.
— Se este projeto der certo, o Brasil será capaz de produzir energia solar em quantidade igual ou superior à de uma nova hidrelétrica — afirmou Braga, após citar experiências de instalação de painéis solares sobre a água em outros países.
Energia descentralizada
O governo pretende também incentivar a produção de energia solar de forma descentralizada, afirmou o ministro. Braga disse ainda esperar que o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) isente a geração de energia solar fotovoltaica de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Informou também que o governo pretende promover a desoneração do PIS e Cofins e estuda lançar programa para incentivar uso de energias alternativas. Com essas medidas ficará mais barato o custo do investimento para a geração pelos consumidores finais.
Na avaliação do ministro, desonerar o ICMS é uma "atitude inteligente", porque o ICMS da energia é cobrado no destino e não na origem.
— Nós podemos fazer isso dentro das áreas urbanas, ajudando o meio ambiente, implementando e aumentando a energia renovável dentro do portfólio brasileiro de energia — disse.
Investimentos em termelétricas e em energia nuclear também compõe a estratégia do governo para ajudar a reduzir a dependência das hidrelétricas, que respondem hoje por aproximadamente 70% da matriz energética.
Racionamento
A diversificação da matriz energética nos últimos anos, aliás, é apontada por Braga como uma das razões que tem contribuído para diminuir as possibilidades de o país sofrer racionamento de energia como ocorreu em 2001.
De acordo com o ministro, mesmo com o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o Brasil conta com fontes variadas de energia, como térmica a gás, térmica de biomassa e térmicas nucleares. Além disso, ampliou as linhas de transmissão. Em 2001, o país contava com 70 mil quilômetros de rede de transmissão com o crescimento médio anual de 1,5 mil quilômetros. Em 2014 esse número quase dobrou, saltando para: 125 mil quilômetros.
O ministro ressaltou que o risco de racionamento é zero para a região Nordeste e baixo para o Sudeste e Centro-Oeste, apesar da crise hídrica que o país enfrenta.
— O Brasil neste momento vive um equilíbrio estrutural do sistema elétrico, ou seja, nós temos energia suficiente para atender à demanda — disse Braga, ponderando que apagões não estão descartados por se tratarem de eventos isolados e não controláveis.
Mineração
Durante a audiência, o ministro tratou de diversos temas relacionados à pasta que comanda, entre eles, a necessidade de tornar mais eficiente a gestão pública do aproveitamento de recursos minerais. Ele defendeu a aprovação um novo marco regulatório da mineração, tema do Projeto de Lei 5.807/2013, em análise na Câmara, com a criação da Agência Nacional de Mineração.
O senador Blairo Maggi (PR-MT) teme que a criação da Agência Nacional de Mineração represente mais um empecilho para o desenvolvimento do setor.
— Posso até concordar com isso, mas eu gostaria que fosse colocado um artigo lá quando formos fazer isso aqui: revogam-se todas as leis até aqui escritas. Formamos um grupo de técnicos e de burocratas — por que não dizer? — que ficam criando novas leis, novas regras e portarias. E a vida de quem quer trabalhar neste país fica infernal, praticamente impossível — criticou.
Já Flexa Ribeiro (PSDB-PA) defendeu a imediata revisão do Código de Mineração.
— Não é possível que as licenças para exploração de jazidas sejam concedidas para que sirvam de negociação por maior valor à frente. Empresas tiram essa licença, engavetam a licença, não exploram os minerais e não deixam ninguém explorar — apontou.
O ministro participou de audiência pública na CI atendendo a requerimento do presidente da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2015/04/08/eduardo-braga-diz-que-governo-pretende-reduzir-dependencia-de-hidreletricas

quarta-feira, 1 de abril de 2015

RELATOR ESPERA VOTAR NOVO CÓDIGO DE MINERAÇÃO ATÉ MAIO

O relator da comissão especial do novo Código de Mineração, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), afirmou nesta terça-feira (31) que o marco para o setor será votado pelo colegiado até maio.
Segundo o parlamentar, é necessário buscar acordo com o governo para viabilizar a criação da Agência Nacional de Mineração (ANM), em substituição ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e decidir como será cobrada a Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), uma espécie deroyalties da mineração.
“Precisamos convencer o Executivo de que a ANM não é gasto, mas uma oportunidade de gerar, no mínimo, 500 mil postos de trabalho”, disse Quintão. O relator argumentou que, enquanto a estrutura do órgão atual (DNPM) “agoniza”, diante de 131 mil processos parados, um projeto médio de mineração é capaz de gerar mais de 200 empregos. “É disso que precisamos convencer o Planalto”, reforçou. Na avaliação dele, a agência agilizaria a análise dos pedidos de exploração da atividade mineral.

O atual Código de Mineração (Decreto-Lei 227/67) foi publicado durante o regime militar. Para atualizá-lo, o governo federal enviou, em 2013, uma nova proposta (PL 5807/13), que se juntou a outros seis projetos de lei (PL 37/11 e apensados) sobre o assunto que já tramitavam na Câmara dos Deputados desde 2011. Na legislatura passada, Quintão apresentou um substitutivo, mas o texto não chegou a ser votado.

Deficiências administrativas
Nesta terça, a comissão discutiu a proposta de novo código com autoridades e representantes de mineradoras. O diretor-geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, reforçou as deficiências administrativas da instituição. “Todos temos a expectativa de que esse projeto seja votado em maio para que os servidores possam ter condições de trabalhar. Isso impactaria inclusive em maior arrecadação para o setor”, argumentou.
O secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira, lembrou que a iniciativa de criar uma agência reguladora para a área partiu da própria pasta. “Sempre defendemos que a ANM tenha a mesma representatividade das demais agências vinculadas ao ministério, como a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]”, ressaltou.

Sobre o orçamento da futura agência, Nogueira defendeu que parte dos recursos seja arrecadada diretamente, por meio de recolhimento de multas, sem a necessidade de repasse pelo Ministério da Fazenda.

Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Reunião Ordinária. Diretor de Assuntos Minerários -IBRAM, Marcelo Ribeiro Tunes
Marcelo Ribeiro Tunes: novo marco legal reduzirá burocracia.
O diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes, citou dois desafios da mineração brasileira: o licenciamento ambiental e a alta burocracia. Segundo ele, ambas as questões podem ser solucionadas pela nova legislação, com a melhoria na gestão do patrimônio mineral por meio da criação da agência.
“O que se busca não é a troca de nomes, talvez o setor de mineração seja o único que quer ter uma fiscalização forte, pois essa é a maior garantia de que o setor privado tem está protegido”, sustentou Tunes. Ele acrescentou que a mineração enfrenta um período de crise no País.
Íntegra da proposta: PL-37/2011 PL-5807/2013
Fonte: Agência de notícias da Câmara Federal