terça-feira, 3 de maio de 2011

A metarmorfose do DNPM.

Como pode uma organização se desenvolver sem uma política de desenvolvimento definida? Quando a força de trabalho não é bem orientada, ninguém sabe o que pode vir pela frente. 

Há quanto tempo se espera pela transformação em Agência? Quantas expectativas já foram frustradas? Nesse processo de acreditar / desacreditar , as pessoas vão ficando sem motivação, e o  Departamento vai ficando pelo caminho, na esperança de mudar, tal qual a lagarta, que pára tudo para transformar-se em borboleta. 


A regulamentação da nossa carreira está para ser feita há 7 anos. O próprio Sinagências deixou claro seu posicionamento de que não vale a pena lutar por isso, porque quando se efetivar a transformação em Agência, a carreira mudará. Acho que isso é mais ou menos como deixar de lavar o carro - ele vai ficar sujo depois. 

Nesse cenário, como movimento natural de auto-preservação, a tendência das pessoas é não acreditar em nada e esperar para ver o que acontece. A motivação se perde em meio a repetidas frustrações, e os índices de produção podem cair consideravelmente.

E os Servidores do DNPM têm de concreto hoje? Uma carreira sem avaliação individual, sem gratificação de qualificação e sem progressão anual. Além disso, faltam práticas de gestão organizacional que prezem pela comunicação à força de trabalho do que realmente acontecerá com o Órgão - e com os Servidores.

Enquanto se arma o cenário de uma possível Transformação (há quanto tempo?), os Servidores estão num quarto escuro, iluminados pelas poucas informações faiscadas pelos jornais de grande circulação - supostamente confiáveis.

A metamorfose da borboleta dura em média 40 dias. Quanto tempo mais demorará a do DNPM?




3 comentários:

  1. Instigante esse seu artigo. O legal é que, na foto, a metamorfose já está na fase da borboleta.

    Acho que o que você chama de política de desenvolvimento já saiu no começo do ano: O PNM 2030, que prevê também a criação da Agência Reguladora. Quanto à isso o governo já se posicionou formalmente. Não quero defender nem criticar o ministro A ou B, mas a diferença da época do pessoal do 1º concurso (2006), que é o meu caso, para o momento atual é que hoje esses projetos já estão delineados e debatidos.

    É verdade que a questão remuneratória ainda está em aberto, e nem nos foi apresentada, e por isso mesmo a nossa organização vai ser fundamental no decorrer do processo.

    A sensação de quarto escuro vai acabar quando cada um de nós acender a própria luz, em seu território, sendo um agente de transformação da unidade. Não é privilégio do DNPM a falta de organização. É só conversamos com outros colegas do serviço público de outros órgãos para conhecermos uma realidade parecida, e triste, salvo algumas ilhas de exceção.

    A Administração Pública falha muito, em geral, nos princípios basilares da boa gestão. No "planejar/organizar/dirigir e controlar", os gestores planejam e controlam. Falta mesmo é organizar e dirigir.

    A gente é que vai fazer, e já estamos fazendo, a mudança.

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  2. Oi Carlos. Sobre a política de desenvolvimento, eu pensei em algo mais interno, como um planejamento estratégico do órgão, política de comunicação, de desenvolvimento de pessoas, enfim, metas que façam o órgão evoluir.

    E já estamos fazendo a mudança sim - mesmo eu tendo chegado agora!

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  3. Temos no DNPM 05 gerações nas carreiras.Sou da geração coca-cola,do Renato Russo(1884).As duas anteriores viveram todas as proibições da ditadura militar:liberdade e opiniões zero,informações escondidas.Ainda vivemos isso, de forma velada.As duas geraçõs após a minha vieram oxigenar o DNPM.Omissão dos dirigentes geraram processos de dano moral.Vamos exigir, fortalecer ANSDNPM e Sinagencias, deixar o medo e os erros para trás. Econ.Mônica Beraldo (DIDEM,ex-presidente CoreconDF, ANSDNPM, Chapa 1 Sinagencias.

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