segunda-feira, 3 de junho de 2013

CPRM definirá leilões de mineração

A estatal do governo para estudos geológicos indicará áreas de mineração que serão licitadasa partir do novo marco regulatório, mas não competirá com as mineradoras
Rio de Janeiro - A estatal do governo para estudos geológicos indicará as áreas de mineração que serão licitadas a partir do novo marco regulatório, mas não competirá com as mineradoras em pesquisa mineral, antecipou o principal executivo do órgão governamental.
As empresas vencedoras dos leilões manterão seu papel de pesquisa, com a missão de aprofundar os levantamentos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), afirmou o presidente da estatal, Manoel Barretto, em entrevista à Reuters.
Sem conhecimento das novas regras do setor, executivos e investidores temem que a estatal do governo assuma o papel de pesquisa que sempre coube às empresas, o que foi negado com veemência na entrevista.
"Não vamos concorrer com as empresas, pelo contrário, vamos estimular o setor, fornecendo mais dados sobre as áreas, como faz a ANP (Agência Nacional do Petróleo) com os blocos de petróleo", disse Barretto nesta segunda-feira.
Pelo novo marco regulatório, que deve ir ao Congresso neste mês, o governo decidiu que o critério para as mineradoras adquirirem novas áreas de mineração mudará, passando dos atuais requerimentos de pesquisa e lavra para o sistema de leilões, tal como ocorre no setor de petróleo.
Mais amplo 
Barretto adiantou também que todas as áreas em disponibilidade, ou seja, que não estão nas mãos de empresas, poderão ser licitadas nos leilões de mineração.
Falava-se anteriormente que o governo licitaria apenas áreas consideradas estratégicas, mas, segundo a CPRM, o universo poderá ser mais amplo.
Um dos projetos sobre o novo marco prevê, por exemplo, somente rodadas de licitações para áreas com potencial de potássio, fosfato, terras-raras ou com elevado potencial de minério de ferro.
Estudos geológicos já realizados e em andamento servirão de base para a CPRM escolher quais entre as milhares de áreas em disponibilidade no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) serão indicadas para os leilões.

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